Terça-feira
23 de Abril de 2024 - 

Acompanhe seu processo

Insira seu usuário e senha para acesso ao software jurídico

Notícias

Cotação Monetária

Moeda Compra Venda
DOLAR 4,85 4,85
EURO 5,32 5,32
LIBRA ES ... 6,19 6,20
PESO (ARG) 0,01 0,01
PESO (URU) 0,12 0,12

Cotação da Bolsa de Valores

Bovespa 0,92% . . . .
S&P 500 0,31% . . . .
Dow Jone ... % . . . .
NASDAQ 0,02% . . . .

Previsão do tempo

Segunda-feira - Campinas...

Máx
34ºC
Min
21ºC
Parcialmente Nublado

Hoje - Campinas, SP

Máx
34ºC
Min
23ºC
Parcialmente Nublado

Quarta-feira - Campinas,...

Máx
35ºC
Min
24ºC
Parcialmente Nublado

Quinta-feira - Campinas,...

Máx
35ºC
Min
23ºC
Parcialmente Nublado

Programa Justiça Itinerante do TJRJ promove ação inédita e realiza 96 requalificações civis de não-binários e transexuais

Nesta sexta-feira (26/11), Nox, Lígia e Jessen conquistaram o reconhecimento jurídico que tanto sonhavam: o direito à identidade de gênero não-binário –pessoas que não apresentam identificação com nenhum dos gêneros existentes, seja o masculino ou feminino. O trio faz parte do grupo de 47 pessoas beneficiadas na maior ação de requalificação civil de não-binários já realizada no país. O número é expressivo, já que apenas cinco pessoas no Brasil haviam conseguido decisões favoráveis na Justiça.    Com a iniciativa, promovida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), através do Programa Justiça Itinerante, em parceria com a Defensoria Pública, por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual (NUDIVERSIS), os requerentes puderam alterar o gênero e o nome nos seus registros de nascimento de forma imediata. A ação social também emitiu 49 sentenças de requalificação civil para transexuais, 22 com alteração para o sexo feminino e 27 para o masculino, totalizando 96 pessoas contempladas de uma única vez.   Mudança e reconhecimento   Jéssica agora é Jessen Rabello e não-binário. O nome escolhido é uma homenagem ao pai já falecido, Jessé, que, segundo ele “sempre teve um olhar mais aberto para a vida”.   “Hoje tenho 26 anos e até os meus 25 não era feliz. Queria me expressar, mas não me identifica com as outras pessoas. Tinham medo do julgamento alheio e de não ser aceito. Mas aos poucos as coisas estão mudando. Na empresa onde trabalho sou a primeira pessoa não-binária, com direito a crachá com meu nome social. Agora estou saindo daqui com uma sentença que vai me permitir ir além de uma identificação no serviço, vou poder alterar meus documentos com a escolha que fiz para minha vida”, contou o contador.    Lígia Lins de Castro, de 34 anos, também garantiu a requalificação civil para o não-binário, mas manteve o seu nome de nascimento. Com uma bandeira que representava o seu atual gênero, a médica veterinária comemorava a conquista.  “Se antes as pessoas não aceitavam, agora elas vão passar a consentir. Hoje sou legalmente reconhecida pelo Estado como não-binária”,  disse Lígia.    Moradora de Magé, na Região Metropolitana do Rio, Uilliane Lawrrany dos Santos saiu cedo de casa. Foram três horas de viagem para pegar a tão desejada sentença, alterando seu prenome, antes registrado como Uillian, e seu gênero, agora como mulher trans.    “O que estou sentindo é algo tão mágico que é difícil colocar em palavras. Com esse documento passo a ter dignidade. Pode parecer algo simples, mas a partir de hoje minha vida muda por completo” contou a professora de alfabetização de 22 anos.    Juízes sempre presentes  A ação foi realizada no posto volante do Programa Justiça Itinerante localizado nas dependências da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, Zona Norte da Cidade. O projeto do TJRJ leva juízes, juntamente com os membros do Ministério Público e da Defensoria, ao encontro dos cidadãos. Participaram da iniciativa desta sexta-feira, os magistrados André Brito, Claudia Motta e Lysia Mesquista.    Em um trecho de decisão, o juiz André Brito reforça que “a posição binária classifica as pessoas em masculino e feminino, marginalizando as outras formas de identidade que destoam do par padrão, negando, para essas outras identidades, visibilidade, reconhecimento e, consequentemente, concessão de direitos que possam tutelar sua existência."       IA/FS  Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ
26/11/2021 (00:00)
© 2024 Todos os direitos reservados - Certificado e desenvolvido pelo PROMAD - Programa Nacional de Modernização da Advocacia
Visitas no site:  7231868
Pressione as teclas CTRL + D para adicionar aos favoritos.