Sexta-feira
26 de Abril de 2024 - 

Acompanhe seu processo

Insira seu usuário e senha para acesso ao software jurídico

Notícias

Cotação Monetária

Moeda Compra Venda
DOLAR 4,85 4,85
EURO 5,32 5,32
LIBRA ES ... 6,19 6,20
PESO (ARG) 0,01 0,01
PESO (URU) 0,12 0,12

Cotação da Bolsa de Valores

Bovespa 0,92% . . . .
S&P 500 0,31% . . . .
Dow Jone ... % . . . .
NASDAQ 0,02% . . . .

Previsão do tempo

Segunda-feira - Campinas...

Máx
34ºC
Min
21ºC
Parcialmente Nublado

Terça-feira - Campinas,...

Máx
34ºC
Min
23ºC
Parcialmente Nublado

Quarta-feira - Campinas,...

Máx
35ºC
Min
24ºC
Parcialmente Nublado

Quinta-feira - Campinas,...

Máx
35ºC
Min
23ºC
Parcialmente Nublado

No Dia Nacional da Luta Antimanicomial, juíza avalia que ainda há muito o que fazer

Nesta quarta-feira (18/5) é comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Embora a data represente o marco para o desencadeamento das reformas ocorridas no sistema psiquiátrico brasileiro, a partir das propostas apresentadas no Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, realizado no município de Bauru, em São Paulo, no dia 18 de maio de 1987, a situação do atendimento às pessoas com transtornos mentais ainda está longe de poder ser festejada. É o que avalia a juíza Cláudia Márcia Gonçalves Vidal, da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (Vepema), do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.   Na opinião da juíza, mesmo reconhecendo os avanços no atendimento na área de saúde mental, a partir da Lei nº 10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, torna-se necessária a atuação mais efetiva do Estado, ampliando o atendimento multidisciplinar e reforçando o atendimento ambulatorial integral como forma de reduzir a necessidade de internação.   “A luta antimanicomial não pode ser esquecida porque significou um passo importante na reforma da atenção à saúde mental. Mas é preciso que o Estado intensifique seus esforços para melhora da rede de atendimento, reforçando o avanço da psicoterapia e de tratamentos médicos de ponta para o equilíbrio da saúde mental. E é importante que essa rede de atendimento forneça acompanhamento psicológico, abrigamento, autossuficiência, medicamentos, oficinas, terapias alternativas e somente se necessária a internação”, avaliou Cláudia Vidal.   Atuando na Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas desde o ano passado, a juíza disse que, no momento, tramitam na Vepema cerca de 8 mil processos. Desse total, 321, menos de 5%, se referem a medidas de segurança.    Atualmente, a magistrada, ao lado da juíza Roberta Barrouin, também do TJRJ, participa de reuniões promovidas pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital do Ministério Público do Rio, para a construção de um Grupo de Trabalho (GT) interinstitucional sobre Saúde Mental de pessoas em conflito com a lei, no intuito de fortalecer o fluxo de assistência e cuidado, que envolve instituições do Sistema de Saúde e de Justiça. O próximo encontro está marcado para junho.   Também participam dos encontros representantes da Defensoria Pública; das secretarias municipal e estadual de Saúde; da secretaria de Administração Penitenciária; do Programa Fazendo Justiça/CNJ; do Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura; e da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva).   Para Cláudia Vidal, a sociedade também tem muito o que avançar em relação ao olhar voltado para as pessoas com transtornos mentais.   “A ofensa de direitos de pessoas com transtornos mentais segue como realidade ainda não superada. Importante que a sociedade aprenda com suas feridas e tenha um olhar mais humanizado sobre as questões relacionadas à saúde mental, reafirmando a necessidade do atendimento e acolhimento afetuoso a pessoas com transtornos mentais. ”   A juíza lembrou, ainda, os efeitos provocados pela pandemia, que obrigou a população a permanecer por longo tempo isolada em suas residências, desencadeando o aumento no número de pessoas com transtornos mentais, resultando na necessidade da atuação ainda mais efetiva do estado.   “Depressão, ansiedade tornaram a saúde mental tema atual e significativo no pós-pandemia, exigindo que o Estado reforce ainda mais a estrutura para atender melhor a população, sempre, adotando um modelo de inclusão social. É importante que reforce os mecanismos de suporte às pessoas com transtornos mentais, objetivando que fiquem mais próximos de sua família, com mais entendimento e compreensão.      Dia Nacional da Luta Antimanicomial   Promover o debate sobre a saúde mental para além do atendimento assistencial, com a defesa da implantação de novos métodos de tratamento de forma humanizada e não-institucionalizada, tendo por objetivo tornar pública a luta pelos direitos das pessoas em sofrimento mental.    Partindo dessa premissa, a proposta de reforma do sistema psiquiátrico brasileiro, que vinha sendo discutida por profissionais e especialistas da área de saúde mental desde o final da década de 70, se intensificou durante o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, realizado no município de Bauru, em São Paulo, no dia 18 de maio de 1987. Surgia aí, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.   O Encontro resultou na divulgação do chamado “Manifesto de Bauru”, que instituiu o lema do movimento: por uma sociedade sem manicômios. Desde então, abusos e violações dos direitos das pessoas com transtornos mentais cometidos em instituições psiquiátricas passaram a ser denunciados por profissionais de várias áreas, familiares de internos e pela sociedade acadêmica.  Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir da promulgação da Constituição de 1988, foram estabelecidas as normas para a implantação de novas políticas de saúde, incluindo a de saúde mental. As reformas ocorridas no âmbito do SUS possibilitaram entre outros avanços, a instituição de uma rede de serviços formada por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de medicina, enfermagem, psiquiatria, assistência social, psicologia e terapia ocupacional, entre outros, voltada para o atendimento da pessoa com transtorno mental.   Importante destacar, ainda, a promulgação no dia 6 de abril de 2001 da Lei nº 10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, que tornou-se um marco importante sobre o tema e redireciona o modelo de assistência em saúde mental, com ações vinculadas à RAPS (Rede de Assistência Psicossocial).   
18/05/2022 (00:00)
© 2024 Todos os direitos reservados - Certificado e desenvolvido pelo PROMAD - Programa Nacional de Modernização da Advocacia
Visitas no site:  7240055
Pressione as teclas CTRL + D para adicionar aos favoritos.